Deserto


No deserto de uma folha em branco faço-me por inteiro: Canto com os cantos infinitos brancos, que de tão brancos silenciam ventos - tempestades de areia em um coração de andarilho. Quando fecho meus olhos, me faço sombra em um sombrio deixe estar. Meu nome talvez jamais seja sussurrado, mesmo sendo o vento do meu deserto infinito. Sinto o cheiro de nada que se aproxima de mim, as palavras não fazem sentido, mesmo sendo eu e uma suposta amada nativos silenciosos desse deserto preenchido liricamente por uma folha em branco.
autororia: "Marcos"