(auto-biografia) entre parênteses PARTE IV

... continuando




Depois de mais ou menos 8hrs de viajem (tranqüila, totalmente diferente da anterior), chegamos ao Paraná, mais exatamente em Londrina.. (meu Deus que cidade linda, tipo primeiro mundo, tudo lá era mais evoluido do que SP).
No começo ficamos alguns mêses na casa da mãe dele, até que ele ou eu arrumassemos um sustento próprio (imaginem que não foi nada fácil pra mim morar com a sogra né). Logo ele conseguiu um emprego em um restaurante, já eu não conseguia nada pois tinha 16 anos e nenhuma experiência. A mãe dele alugou outra casa, e essa tinha uma casinha de 3 cômodos nos fundos (finalmente nosso próprio cantinho), começamos a montar nossa casinha aos poucos.

Algum tempo depois ele arrumou um emprego melhor em um grande supermercado da região que estava inaugurando bem próximo de nossa casa. Ele agora tinha um bom emprego, estava sendo um ótimo marido, tinha boas amizades (bem diferente de antes). Ele chegava em casa sempre no horário certinho, eu sempre com a janta pronta, casa limpa, era uma esposa dedicada também. Tudo estava perfeito, a não ser pela saudade de minha familia que assolava meu coração, nos mudamos novamente, agora para uma casinha só nossa. Ele saia para trabalhar e eu ficava sozinha em casa, e cada vez mais eu sentia falta da minha familia (talvez eu estivesse assim por não ter procurado algo para me ocupar, não tinha amigas, e o amor dele... a vida que tanto eu sonhei, tanto lutei pra conquistar já não estava sendo o sulficiente pra mim). Me sentia triste, e ele percebia isso e tentava de tudo pra me fazer feliz, me completar, mas era em vão, (talvez tudo estivesse perfeito demais, talvez eu estivesse procurando defeitos onde não existiam, ou talvez a rotina estivesse acabando com tudo).


Dois anos se passaram, agora eu já com os meus 18 anos, comecei a me questionar se era realmente essa a vida que eu queria pra mim, vivia arrumando motivos em minha cabeça pra querer voltar, muitas vezes brigava com ele sem motivos. Ele sabia que estava sentindo falta de minha família, mas pra ele era impossível voltar pra SP.
Então ele comprou uma passagem pra eu ir visitar meus pais, e ficou sozinho pois não pode me acompanhar por causa de seu trabalho. Passei uma semana em SP, e quando voltei para o PR, vim decidida a acabar tudo com ele e voltar de vez pra SP, ao chegar em casa encontrei um lindo bouquet de rosas que ele havia deixado lá pra mim com um cartão todo romântico cheio de saudades, minha mente ficava cada vez mais confusa (nem eu mesma conseguia me entender, eu havia conquistado com muita luta e sofrimento a vida que eu tanto sonhei, agora que a bagunça estava tudo em ordem, eu queria virar tudo de cabeça pra baixo de novo). Mas na minha cabeça eu estava certa de que queria voltar e nada nem ninguém me faria mudar de idéia.

Começaram as brigas (todas por minha culpa é claro), como diz o ditado eu ficava "procurando pelo em ovo", tudo pra mim era motivo de briga, sei que o magoei demais quando ele não merecia, mas fiz de tudo para me separar dele. Até que chegou a gota d'agua, e ele me disse "se é isso mesmo o que vc quer... então vá" e me deu o dinheiro da passagem, (e eu sem pensar em nada arrumei minhas coisas e corri pra rodoviária). Enquanto eu esperava o horário de partida do ônibus na rodoviária ele chegou, com a esperança que eu mudasse de idéia no último minuto, me entregou uma foto de nós dois abraçados com algumas escritas na parte de traz, (meus Deus... dava pra ver o desespero nos olhos dele, quando me lembro dessa cena sinto um enorme aperto em meu peito... meu Deus onde eu estava com a cabeça? Fui tão fria, só consegui pensar em mim mesma, achei que aquilo era realmente o que eu queria, e estava enganada mais uma vez).

Peguei a foto das mãos dele e embarquei no ônibus (em mais uma despadida triste em rodoviária, mas desta vez foi o contrário), o ônibus partiu e eu o deixei chorando na rodoviária.





continua...

7 Comments:

Nathália E. said...

Ai, que triste isso.

Mas se era o melhor, tinha que ser assim mesmo.

O importante é não se arrepender depois.

Beijo!

Loh_rayne said...

meu deus; que crueu vc;

pq nos enganamos tanto em ?
pq estragamos tudo ?

mais essa historia ainda vai ter final feliz;

eu sei que vai !

adorei pela força
tava precisando ler aquelas coisas

obrigada mesmo

:*

Thaís Velloso said...

ah brigada, eu adorei
seu texto também =D

\ Linenha.♥ said...

Meeeu amooor!

nenhumaaaa alternativaa sobre eskeceer vc ow não dar atençãao viiiu!
inhaa mor o baratoo tah feioo aki tbm! too trampandoo nu finasaaa! das 9 ás 16 hrs e de manhaa to nu ingles! de manha não neeh madrugoo laah! de segunda e quartaa entro nu inlês ás 7 e meiaa e saioo dez pras novee e do ingles até o finasa são menos de 5 min!

;D

MAS É CORRIDO!

TEE AMOOO AMOR MEEEEEEU!

Fala, Garoto! said...

Oi, linda! Tudo bem? Nossa, achei que não conseguiria ler o post até o final.
Que situação, hein? Penso o seguinte: jamais deixaria a minha família por uma loucura de amor. Mas, a partir do momento que a deixasse, estaria seguindo um novo rumo de minha vida, consciente disso.
Essa lição você aprendeu. Mas, lembre-se: a vida nos coloca em situações inusitadas; imaginou-se num relacionamento com um homem que mora em outro estado, novamente? Qual seria sua decisão? Bj

Anônimo said...

Cheguei aqui e não parei a até ler as partes dessa história.
Posta a continuação, to querendo saber.
:D

Vc foi mto corajosa para fazer tudo isso com tão pouca idade. To boba! :o
Como está tudo agora, alguns anos depois?

;***

Fala, Garoto! said...

Sumiu!? Bjão e saudades!