(auto-biografia) entre parênteses PARTE IV

... continuando




Depois de mais ou menos 8hrs de viajem (tranqüila, totalmente diferente da anterior), chegamos ao Paraná, mais exatamente em Londrina.. (meu Deus que cidade linda, tipo primeiro mundo, tudo lá era mais evoluido do que SP).
No começo ficamos alguns mêses na casa da mãe dele, até que ele ou eu arrumassemos um sustento próprio (imaginem que não foi nada fácil pra mim morar com a sogra né). Logo ele conseguiu um emprego em um restaurante, já eu não conseguia nada pois tinha 16 anos e nenhuma experiência. A mãe dele alugou outra casa, e essa tinha uma casinha de 3 cômodos nos fundos (finalmente nosso próprio cantinho), começamos a montar nossa casinha aos poucos.

Algum tempo depois ele arrumou um emprego melhor em um grande supermercado da região que estava inaugurando bem próximo de nossa casa. Ele agora tinha um bom emprego, estava sendo um ótimo marido, tinha boas amizades (bem diferente de antes). Ele chegava em casa sempre no horário certinho, eu sempre com a janta pronta, casa limpa, era uma esposa dedicada também. Tudo estava perfeito, a não ser pela saudade de minha familia que assolava meu coração, nos mudamos novamente, agora para uma casinha só nossa. Ele saia para trabalhar e eu ficava sozinha em casa, e cada vez mais eu sentia falta da minha familia (talvez eu estivesse assim por não ter procurado algo para me ocupar, não tinha amigas, e o amor dele... a vida que tanto eu sonhei, tanto lutei pra conquistar já não estava sendo o sulficiente pra mim). Me sentia triste, e ele percebia isso e tentava de tudo pra me fazer feliz, me completar, mas era em vão, (talvez tudo estivesse perfeito demais, talvez eu estivesse procurando defeitos onde não existiam, ou talvez a rotina estivesse acabando com tudo).


Dois anos se passaram, agora eu já com os meus 18 anos, comecei a me questionar se era realmente essa a vida que eu queria pra mim, vivia arrumando motivos em minha cabeça pra querer voltar, muitas vezes brigava com ele sem motivos. Ele sabia que estava sentindo falta de minha família, mas pra ele era impossível voltar pra SP.
Então ele comprou uma passagem pra eu ir visitar meus pais, e ficou sozinho pois não pode me acompanhar por causa de seu trabalho. Passei uma semana em SP, e quando voltei para o PR, vim decidida a acabar tudo com ele e voltar de vez pra SP, ao chegar em casa encontrei um lindo bouquet de rosas que ele havia deixado lá pra mim com um cartão todo romântico cheio de saudades, minha mente ficava cada vez mais confusa (nem eu mesma conseguia me entender, eu havia conquistado com muita luta e sofrimento a vida que eu tanto sonhei, agora que a bagunça estava tudo em ordem, eu queria virar tudo de cabeça pra baixo de novo). Mas na minha cabeça eu estava certa de que queria voltar e nada nem ninguém me faria mudar de idéia.

Começaram as brigas (todas por minha culpa é claro), como diz o ditado eu ficava "procurando pelo em ovo", tudo pra mim era motivo de briga, sei que o magoei demais quando ele não merecia, mas fiz de tudo para me separar dele. Até que chegou a gota d'agua, e ele me disse "se é isso mesmo o que vc quer... então vá" e me deu o dinheiro da passagem, (e eu sem pensar em nada arrumei minhas coisas e corri pra rodoviária). Enquanto eu esperava o horário de partida do ônibus na rodoviária ele chegou, com a esperança que eu mudasse de idéia no último minuto, me entregou uma foto de nós dois abraçados com algumas escritas na parte de traz, (meus Deus... dava pra ver o desespero nos olhos dele, quando me lembro dessa cena sinto um enorme aperto em meu peito... meu Deus onde eu estava com a cabeça? Fui tão fria, só consegui pensar em mim mesma, achei que aquilo era realmente o que eu queria, e estava enganada mais uma vez).

Peguei a foto das mãos dele e embarquei no ônibus (em mais uma despadida triste em rodoviária, mas desta vez foi o contrário), o ônibus partiu e eu o deixei chorando na rodoviária.





continua...


Olá, galeraa passei rapidinho só pra dexa uma ótima páscoa a todos meus amigos blogeiros!!
ah! semana que vez eu posto a próxima parte da (auto-biografia) entre parênteses..

beijos ~*

(auto-biografia) entre parênteses PARTE III



continuando...

A viajem foi ilária... imaginem um ônibus cheio de cearences seguindo por três longos dias de São Paulo ao Ceará. Nem preciso dizer que foi uma comédia não é mesmo? Na hora em que o buzão saiu da rodoviária do Tiête em São Paulo, nada parecia anormal, só ouvia um povo falando meio arrastado "ochentiii" rsrs... Mas bastou algumas horas pra que tudo virasse uma bagunça só. Era um que falava absurdos de um lado, outros de outro, e gargalhadas e mais gargalhadas, parecia que eu estava dentro de um programa humorístico da tv. E quando a fome começou a apertar o estômago, foi literalmente aquela farofada, acreditem a maioria tinha em suas bolças uma lata (tipo aquelas de "neston" sabe?) cheia de farofa com galinha, aquilo era natural para eles, mas um tanto engraçado pra mim, e vocês num tem noção do cheiro maravilhoso que ezalava dentro do ônibus, e eu marinheira de primeira viajem num tinha nem se quer um salgadinho pra enganar a fome, e a cada kilometro a fome apertava ainda mais e nada de chegar a bendita parada, e eu que já estava verde de fome comecei a chamar a atenção do meu visinho de poltrona, e adivinhem... ele tbm tinha uma daquelas tals latas, quando ele tirou da bolsa pra comer eu tinha certeza que ele iria me oferecer, (então eu só tinha que ficar olhando pra ele neh, rsrs...), de tanto eu olhar ele disse as palavras que eu tanto precisava ouvir... "TU QUÉ UM POQUIM BICHINHA?" (dai eu logo respondi que sim né), dai ele me disse: "TU NUM SE AVECHE PURQUE EU SÓ TENHO ESSA CUIÉ AQUI, SE TU NUM TIVE NOJO PODE CUME AI"... Ahh é claro que eu num fiz nenhuma cerimônia (destrocei a galinha com a mão e é claro comi a farofa com a CUIÉ, rsrs) meu Deus como tava bão... ou sei lá, estava com fome mesmo... Depois de uma noite inteira de estrada, finalmente a paradaaaa, já é de manhã, primeira parada RJ, nossa que alívio poder esticar as canelas um pouquinho, bora pro banheiro "ahhh que alívio"(café da manhã: uma coxinha e um café com leite, écoo só de pensa já me embrulha o estômago). 20 minutos e bora pra estrada de novo (550 km, 550km, para um pouquinho, descança um pouquinho, 550 km... rsrs).






Bom depois de três dias de viajem e farofadas a parte, finalmente desembarquei no Ceará, exatamente na cidade de Crato (sertão semi-árido do nordeste), o lugar era HORRÍVEL, (um sol de racha mamona), desembarquei do ônibus meia "lezada", totalmente perdida, olho pra um lado... nada, olho pro outro... nada tbm. Daí um moço percebe que estou meia perdida (pois pensava que o meu amor estaria lá a me esperar) e pergunta "Tu ki é Gisa?" respondo que sim, então ele diz "pois sim, eu vim lhe busca, aquele fiiidiégua do seu namorado é meu primo". (pensei que ele estaria lá me esperando mas me enganei), mas tudo bem subi na moto rumo a casa da tia dele onde ele estava me esperando. Quando eu o avistei, meu coração disparou, inesplicável a emoção que eu senti naquele momento. Ficamos por lá uns dois meses mais ou menos, e acreditem nem tudo foram flores como meu coração "abestado" imaginava.

(Por que será que fazemos tantas idiotísses por amor? Hoje eu vejo o mundo com outros olhos, e o amor tbm... mas até chegar a essa visão que tenho hoje "pastei muito"... Haverão muitas linhas ainda a serem escritas.) Tivemos momentos bons é claro, (mas os ruins me fizeram decidir que jamais voltaria lá).

24 de dezembro de 1999, é véspera de natal, senti uma enorme dor em meu peito por estar longe de minha família, deu meia noite e eu liguei pra meu pai, para lhe desejar um feliz natal, e logo em seguida liguei na casa de minha mãe (pois meus pais são separados), quem atendeu foi minha irmã, comecei a conversar com ela, dizer que estava com saudades e tal... dai ouvi minha mãe gritar ao fundo: "fala pra essa infeliz não ligar mais aqui em casa, e que eu num quero vê-la nem pintada de ouro". Fiquei triste por ouvir aquilo de minha mãe, mas eu a compriendi, pois eu havia a decepcionado muito, hoje sei que ela só queria o meu bem e que não concordava com o rumo que eu estava dando pra minha vida.
Nesse meio tempo em que ficamos por lá, a mãe dele tratou de se mudar para outro estado, se estabilizou para que pudessemos viver em paz, longe de SP (já que pra lá ele não poderia voltar por estar jurado de morte). Dai então saimos do Ceará rumo ao Paraná, mas como não tinha ônibus direto, passariamos em SP primeiro, pra depois seguir para o PR.
Quando chegamos em SP, fomos direto pra casa de meu pai, nossa só de lembrar do reencontro com meu pai já tenho vontade de chorar... (eu o abracei tão forte, e me derramei em lágrimas, pois tinha sentido tanta falta dele... e pela primeira vez em quinze anos de vida eu disse ao meu pai: "EU TE AMO PAI").
Ficamos em SP apenas dois dias, escondidos como se fossemos fugitivos da lei. Tive vontade de ver minha mãe, mas não tive coragem de procura-la. E ela só ficou sabendo que eu estava em SP porque minha irmã contou a ela, e me surpriendeu com uma ligação dizendo: "Filha vem aqui em casa, a mãe está com saudades de você" (eu nem coseguia acredita que aquela era a mesma mãe que à um mês atráz havia dito que não queria me ver nem pintada de ouro). Fui até a casa dela, e fizemos as pazes... aquilo foi um tremendo alívio pra mim.
As horas passaram de pressa e logo chegou mais um momento de depedida em rodoviária. Embarcamos rumo ao Paraná.


continua...

(auto-biografia) entre parênteses PARTE II

...continuação do post anterior




Descobri que ele estava me traindo com uma garota bem mais velha que eu (aquelas do tipo fácil saka?) naquela época eu num passava de uma virgenzinha ingênua e ele não foi capaz de esperar a minha hora certa, prefiriu arrumar uma mais fácil. Nossa aquilo foi o fim pra mim, minha primeira desilusão, e como doeu viu.. parecia que meu mundo havia se acabado (um amigo dele que na verdade era apaixonado por mim que me contou tudo).


Fiquei muito mal... terminei o namoro, mas não tive pulso forte e acabei voltando. Eu o perdoei mas dai esquecer é uma outra história (impossível né), nunca conheci ninguém capaz de tal proeza.


O tempo foi passando, as coisas já não eram mil maravilhas como antes, mas mesmo assim eu era louca por ele, uma obseção eu acho. Era feliz e ao mesmo tempo angustiante.


Com o passar dos dias fui descobrindo que ele não era a pessoa certa pra mim (mas isso eu prefiria não enxergar), lutava pra ficar ao seu lado, não ouvia os conselhos de minha mãe, chegava até a ficar revoltada quando ela vinha me aconselhar.


Ele que já tava longe de ser o genro que todo pai sonha pra uma filha, começou a se especializar no assunto de ser o vilão do meu conto de fadas de merda.


Ele era uma pessoa muito influênciavel (daquele que é Deus no céu e seus amigos na terra), e por causa desses tals "amigos" começou a cometer atos ilícitos, e foi dai pra pior.


Já não tinha tempo mais pra mim, só pensava em vagabundiar pelas ruas fazendo coisas erradas com os malditos amigos. Até que um dia algo deu errado e um desses tal amigos foi baleado e preso, e foi ai que o pesadelo começou. Pois ele teve que ir embora daqui, porque a familia desse amigo tbm não era "florquesecheire" estava o ameaçando de morte.


Ainda me lembro dele na rodoviaria, nossa naquele momento parecia que o meu mundo tava desmoronando sobre minha cabeça, estava ali eu me despidindo do amor da minha vida, sem ao menos imaginar o que seria dela a partir daquele momento. Parecia que era o fim de tudo... mas não foi bem assim, minha persistência e teimosia não deixou que tudo acabasse assim. Sem ele aqui minha vida se tornou um verdadeiro "estadodecoma". Já não frequentava as aulas, já não conseguia viver amigávelmente com minha mãe, pois o meu único propósito era ir atráz dele onde ele estivesse... não coseguia pensar em mais nada. Tantas foram as brigas com minha mãe, que já não aguentava ficar dentro da mesma casa com ela, durmia pela casa dos outros e já não voltava mais pra casa (parecia uma almapenada).


Até que tomei a seguinte decisão... (iria atráz do meu amor, onde ele estivesse, custe o que custar). Ele havia ido para o nordeste, isso me custou R$ 160,00 (esse era o valor da passagem naquela época, rsrs... dinheiro que eu consegui vendendo o meu aparelho de CD, e acreditem o dinheiro só deu pra passagem, não sei como eu viajaria 3 dias dentro de um ônibus sem comer ou usar banheiro, pois até pra usar o banheiro na parada de ônibus tem que pagar) coitado do meu pai, mesmo não concordando com o rumo que eu estava traçando pra minha vida, mais uma vez ele fez a minha vontade, me levou a rodoviaria e ainda me deu um dinheiro a mais pras despesas, (enquanto minha mãe dizia que eu iria quebra a cara, e eu é claro debatia do outro lado "deixa eu quebrar a cara é minha"), embarquei no ônibus e deixei pra traz minha família, amigos... enfim deixei minha vida toda pra traz, ainda lembro do olhar de meu pai na rodoviária (parece que despedidas tristes em rodoviárias perseguem minha vida, e acreditem essa não foi a última).








continua...

(auto-biografia) entre parênteses PARTE I

"Sempre fui uma romântica desvairada, daquelas deslumbradas que deixa o coração tomar conta da razão e sai por ai cometendo loucuras desmedidas por um grande amor"
BOM dizendo assim até parece que já tive vários amores né? rsrs.. mas a história não é bem assim. Na verdade mesmo só tive um GRANDE AMOR, um primeiro e único GRANDE AMOR e que foi o sulficiente para fazer um GRANDE ESTRAGO!!



Bem.. tudo começou no fim de 1998 (nossasenhoraaa.. século passado)... Tinha apenas quinze anos quando eu o conheci. No primeiro momento eu o odiava (acredite não foi amor a primeira vista, nem a segunda tbm). Eu o achava muito mala, ele adorava fikar na porta do colégio onde eu estudava, todos os dias ele estava por lá, fazendo bagunça de moto (empinando e se amostrando pras maria gasolina) "aiii como eu não o suportava".

Já eu naquela época fazia o estilo filhinha de papai (timida e idiota, pensava que tinha o rei na barriga). Era popular só porque tinha uma scooter (naquela época era só pra quem podia sakas?) e a usava pra ir ao colégio todos os dias, tinha poucos amigos, não porque era metida.. mas sim por ser timida d+ pra fazer amizades.

Ele começou a se aproximar de mim, mas e fugia dele como o diabo da cruz, pois eu não suportava o seu jeito de playboy barato, ele fazia o maior susseço na porta do colégio (com as favelada né.. mas comigo não bem!!) Mas como dizem aqueles ditados populares q o amor e o ódio caminham "ladoalado" já dá até pra imaginar o que aconteceu não é mesmo?

Ele tanto insistiu que eu resolvi lhe dar a tal chance.

Carakas.. bastou apenas uma semana pra eu estar completamente apaixonada por ele, e foi ai q o estrago começou. Já não conseguia imaginar minha vida sem ele, cada minuto parecia uma eternidade quando ele não estava ao meu lado (aff toda aquela babaquice de começo de namoro), nos encontravamos todos os dias e a vida da tal filhinha de papai "timida" que era tão certinha "xata" começou a mudar de rumo, já não estudava mais direito, só conseguia pensar nele solto na porta do colégio (se amostrando pras maria gasolina.. aff.. e olha que ele nem era bonito, mas elas caia matando em cima, e ele que num era nada bobo amava mais que lazzanha), foi ai que eu comecei a cabular as aulas... Já ele estava bem longe de ser o genro que meu pai pediu a Deus, e meu pai fazia questão de deixar isso bem claro.

E a cada dia aquela paixão avaçaladora tomava meu coração e a minha vida que era um tanto certinha e xata tomara um novo rumo. Agora já tinha muitos amigos embora ainda fosse um tanto timida. Saiamos muito, praticamente a semana toda e eu já não tinha mais tempo pra frequentar as aulas, tivemos inumeros momentos inesqueciveis juntos.

Mas o desejo de estar sempre ao seu lado me fez cometer o pior dos erros, deixei de viver a minha propria vida pra viver a dele. Vivia em função única e exclusivamente dele e o pior... não tinha reciprocidade.

Dai veio a tal da insegurança, e aquela garota que era tão cheia de si mesma, que se achava a tal, já não existia mais, ela deu lugar a outra bem inferior, um tanto destrambelhada e ciumenta, e sem vida própria se tornou uma ''pedra no sapato" dai já viu né... quem fika no pé dos outros acaba sendo pisada.

Saia da colégio e ele já não me esperava mais como antes, eu é que ficava plantada o esperando com a pulga atráz da orelha tentando imaginar por onde ele andava, e muitas vezes sai a sua procura, e descobri que o ditado "quem procura acha" realmente faz muito sentido... MEUDEUSDUCÉU foi ai que veio a primeira decepção.





continua...

"As razões que o amor desconhece"



" é realmente o amor é um eterno mundo desconhecido, onde quanto mais se tem.. menos se conhece " mas intende-lo pra quê ? Ele é como o vento.. não posso ver.. mas posso sentir!!
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem,
caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes
teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.
O amor não é chegado em fazer contas, não obedece à
razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por
conjunção estrelar.Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelocheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento
que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam,
pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela
petulante.Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores
que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você
gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela
detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então que ela
tem um jeito de sorrir que o deixa mobilizado, o beijo dela é mais
viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicarcom você.Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga,
ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca
uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não
tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não
consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete
feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve
poemas.Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim! Você é
inteligente, lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos
Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também
tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num
comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar.É
Independente, tem emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar,
de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é
imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo.
Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas
uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois
apaixonados. Não funciona assim.Amar não requer conhecimento prévio
nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de
indefinível.Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas,
bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!




(autora: Martha Medeiros)

"inicia-se a semana" afff

São 6h... O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede... Estou tão cansada... Não queria ter que trabalhar hoje... Queria ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando... Gastaria a manhã brincando com meu filho, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas... Aquário? Ficaria olhando os peixinhos nadarem...Se eu tivesse tempo... Gostaria de fazer alongamento... Brigadeiro... Tudo, menos sair da cama e ter que engatar uma primeira e colocar o cérebro para funcionar.Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a infeliz matriz das feministas que teve a estúpida idéia de reivindicar direitos de mulher... Queria saber por que ela fez isso conosco, que nascemos depois dela...Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós... Elas passavam o dia a bordar, trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando as crianças, frequentando saraus,Enfim, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária.Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã nem tão pouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço"!!!Que espaço, minha filha???Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo aos seus pés. Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, para tudo!!! Que raio de direitos requerer?Agora eles estão aí, são homens todos confusos, que não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo foge da cruz...Essa brincadeira de vocês acabou nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda.Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei - e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard do vôlei.Por quê??? Me digam por que um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo!!!Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, e que sapatos combinar, que acessórios usar... Tão cansada de ter que disfarçar meu humor, que sair sempre correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas que nem são meus!!!E como se não bastasse, ser fiscalizada e cobrada (até por mim mesma) de estar sempre em forma, sem estrias, depilada, sorridente, cheirosa, com as unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados e especializações.Viramos supermulheres e continuamos a ganhar menos do que eles... Não era Muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?Chegaaaaaaa!!!... Eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela...Ai meu Deus, já são 7h30, tenho que levantar!E tem mais, quero alguém que chegue do trabalho, sente no meu sofá, coloque os pés pra cima e diga: "Meu bem, traz um cafezinho, por favor?".Descobri que nasci para servir.Vocês pensam que eu tô ironizando? Tô falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna... Troco pelo de Amélia. Alguém se habilita?

C O N F L I T O S


_ Sabe aquele dia que tu acorda querendo que o mundo exploda.. com vontade de mandar tdos pra "casadocaralho" e ao msm tempo que está ao ponto de enloquecer de tanta ira, sente-se tão depressiva ao ponto de não querer mais viver ? É minha amiga... sim isso é a maldita T P M.

Tento fugir dela mas sempre em vão, pois ela esta sempre ali ladoalado comigo tdos os mêses, isso chega até ser patético, previssível d+. Hoje acordei um cú, nem eu msma me suporto quando estou com essa tal de tpm, tenho pena dos que estão a minha volta, logo eu que sou a pessoa mais inquieta e sem paciência do mundo consigo ficar pior ainda. Tipo "toleranciazero" sakas?
É até dificil de acredita, mas quando passa essa tal de tpm, fiko lembrando das coisas que fiz ou falei, e me dá até vontade de rir. Ontem mesmo quando sai do meu trampo em direção a minha ksa, consegui arrumar três brigas no trânsito (e olha q do meu trampo pra minha ksa são uns 10 minutinhos com trânsito e td)... Minha mãe me diz que vou fikar velha cedo, de tanto que me estresso a toa, sei q isso num é bom nem pro meu coração, as vezes sinto que junto com o meu ataque de nervos virá tbm um ataque cardíaco "aiaiJesuis"
Acho q talvez eu precise de um analista futuramente, ou até msm uns tarjapreta.. rsrs* (é gente eu brinco mas isso é realmente sério) as vezes tenho medo de problemas q possam surgir por causa desse meu pavio curto.
Por falar em pavio curto, se tem uma coisa que me tira do sério é a santa iguinorância das pessoas que me rodeiam, é incrível como existe pessoas mau educadas nesse mundo, tah certo q não sou nenhum exemplo de educação e nem a delicadeza em pessoa, mas qnd quero sei ser educada com quem merece assim ser tratado. Em meu trampo vivo tendo q me dar com os sugeitos mais toscos que vc possa imaginar, afff ninguém merece... de tpm então, ai fudeu td.
Mas a melhor coisa da previsível tpm é saber que ela vai embora em 2 ou três dias no máximo, mas nesse meio tempo o estrago q ela causa pode até ser comparado com um tsunami, pode acreditar rsrs.

Agora mudando de assunto, se tem uma coisa que me acalma é escrever, sei que to longe de ser uma escritora, mas na horas vagas eu me divirto escrevendo bobagens de uma mente insâna a beira de um ataque de nervos, não sei o porque mas isso me faz sentir mais leve. A uns cinco minutos atrás mais ou menos eu estava quase surtando, então resolvi vim descarregar aqui no blog, agora já me sinto mais ligth... ufffa!! espero q não aparece ninguém pra atravessa na minha pelo menos pro resto do dia... rsrs


"ouvindo Cassia Eller - palavras"




O AUTO-RETRATO


No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto
nuvem
,
às vezes me pinto
árvore...

às vezes me pinto coisas
de que nem há mais
lembrança
...

ou coisas que não existem

mas que um dia existirão...

e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna
semelhança,

no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!

Mario Quintana (Apontamentos de História Sobrenatural)